sexta-feira, 27 de junho de 2008

PEREGRINOS DO SI

TESTE: NECESSITO AUTODESCOBRIR-ME?:

Faz-se imprescindíveis alguns requisitos para que seja logrado o autodescobrimento com a finalidade de bem-estar e de logros plenos, a saber. Assinale àquele(s) com a(s) qual(is) se identifica:
Ø Insatisfação pelo que é, ou se possui, ou como se encontra;
Ø Desejo sincero de mudança;
Ø Persistência no tentame;
Ø Disposição para aceitar-se e ver-se;
Ø Capacidade para crescer emocionalmente. Se você se vê em alguns destes pré-requisitos acima citados, necessita com urgência iniciar o processo de auto conhecer-se. Força e coragem, porque é uma viagem longa, cujo fim é a plenitude do ser, a auto-realização, a descoberta do outro em si, do Deus ou Deusa em nós.

O AUTODESCOBRIMENTO: QUANDO SE TORNA NECESSÁRIO?

Por que não nos conhecemos somos vitimados de heranças ancestrais – de outras encarnações -, de castrações domésticas, de fobias que prevalecem da infância, pela falta de amadurecimento psicológico e outros, permanecemos fragilizado, susceptível aos estímulos negativos, por falta da auto-estima, do auto-respeito, dominado pelos complexos de inferioridade e pela timidez, refugiando-nos na insegurança e padecendo aflições perfeitamente superáveis, que nos cumpre ultrapassar mediante cuidadoso programa de discernimento dos objetivos da vida e pelo empenho em vivenciá-lo.
O autodescobrimento, em uma panorâmica racional, torna-se inadiável, a fim de favorecer a recuperação, quando em estado de desarmonia, ou o crescimento, se portador de valores intrínsecos latentes. Enquanto não nos conscientizarmos das nossas próprias possibilidades, ficaremos aturdidos em conflitos de natureza destrutiva, ou fugiremos especularmente para estados depressivos, mergulhando em psicoses de vária ordem, que nos dominam e inviabilizam a nossa evolução, pelo menos momentaneamente. A experiência do autodescobrimento faculta-nos identificar os limites e as dependências, as aspirações verdadeiras e a falsas, os embustes do ego e as imposturas da ilusão. (Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Angelis in Autodescobrimento: Uma busca interior)

Reflexão: Que tipos de conflitos nos afligem? Quando fugimos para estados depressivos e por quê? Que psicoses são comuns em nós? Que aspirações nossas são verdadeiras e quais são falsas?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO SE SOMAM


Trechos extraídos do relatório das oficinas realizadas com professores da rede pública dos municípios de Fortim/Ce (setembro/2007), Palhano (Janeiro/2008) e Jaguaruana/Ce (maio de 2008).

Dividimos o total de participantes da formação de professores, Fortim/Ce em setembro de 2008, em 5 grupos: jornalísticos, literários, instrucional, humorísticos e publicitários. Cada grupo recebeu um trecho da entrevista com a Magda Soares: Letrar é mais que Alfabetizar – disponível no site: http://escrevendo.cenpec.org.br - para retirar as idéias principais e apresentar através de um gênero textual pré-determinado.
Obs.: Esta metodologia pode ser utilizada para trabalhar qualquer assunto/tema de estudo/aula e diferentes gêneros.

Vejamos algumas produções:

Carta

Palhano, 28 de janeiro de 2008

Cara amiga coordenadora,

Dado o início do ano letivo, o grupo de professores do nosso município em parceria com a Secretaria de Educação realiza neste período a semana pedagógica.
Diante da preocupação em melhorar a qualidade do ensino, o município aderiu ao Programa do Governo Federal: “Escrevendo o Futuro” através da participação na I Olimpíada Brasileira de Leitura e para efetiva-lo durante dois dias estamos nos preparando para a aplicação em sala.
Hoje compreendemos que alfabetização e letramento se somam, isto é, não há alfabetização sem que o aluno tenha uma leitura de mundo, leitura esta que inicia-se a partir do contato da criança com o mundo letrado fora da escola.
Sabendo que você já participa do programa, esperamos que possa nos ajudar na troca de experiência e nas possíveis dificuldades que possamos ter no decorrer do processo.
Um abraço!
Grupo de Professores de Palhano/Ce

Jaguaruana-Ce, 08 de maio de 2008.

“Senhores professores,
Tendo em vista a importância do processo de aprendizagem de leitura e escrita, queremos apresentar a contribuição da alfabetização e do letramento para sua aquisição.
Devemos ressaltar que alfabetização e letramento são conceitos distintos, mas que caminham lado a lado. Alfabetização é a aquisição da codificação dos fonemas e decodificação dos grafemas, na qual a criança se apropria do sistema alfabético. Já o letramento é o conhecimento da variedade de gêneros textuais, reconhecendo a importância de cada tipo, os contextos e as circunstâncias de utilização no meio social em que circulam.
Temos que compreender que a criança já traz consigo uma bagagem de conhecimentos (experiências vividas) com suas particularidades, dizeres e práticas reais de leituras. Cabe aos professores aproveitar e trabalhar essas diversidades dentro das potencialidades e dos limites de cada aluno.
Nós como educadores devemos criar oportunidades de produções textuais, com temáticas relevantes as realidades dos educandos a fim de que se tornem formadores de opiniões.
Agradecemos a atenção
GTI – Grupo de Professores PRO LETRAMENTO
(Jaguaruana/Ce)

Letramento e Alfabetização

Amigos caros ouvintes
Pedimos vossa atenção
Agora vamos falar
Da alfabetização
Falaremos no momento
Também sobre letramento
E quando os dois se dão.

O letramento se dá
Quando a criança é pequena
Quanto maior é a oferta
De recursos, vale apena
Seja escrita ou leitura
A pequena criatura
Fácil,fácil se antena.

Apesar de ser pequena
Ela vai reconhecendo
O sistema da escrita
Olhe o que estamos dizendo
Cabe a educação
Seja infantil ou não
Saber o que está fazendo

Logo nos primeiros anos
De escola da criança
Acontece o letramento
Guarde isso na lebrança
Nos anos seguintes tem
O letramento também
E com tudo ela avança

A escolarização
Contribui até demais
Para que o indivíduo
Seja, contudo, capaz
De cada dia aprender
A letrar-se pode crer
Menino, moça e rapaz.

Em qualquer das disciplinas
O letramento se dá
Só precisa o professor
Do seu aluno cobrar
Não é só em português
Enganou-se dessa vez
Quem assim veio pensar.

Seja aula de História
Ou na de geografia
Ou mesmo de Matemática
Ciências, no dia a dia
É certo que o professor
Deve ser reconhecedor
E do aluno seu guia.

Esperamos ter passado
Ao público informação
Pra vocês aqui presentes
Colegas de profissão
A vocês nosso obrigado
Ah! O letramento é ligado
A alfabetização. (Professores Jaguaruana/Ce)

Letramento: Um processo sem fim

Ainda quando criancinha
O letramento começa a aflorar
É a necessidade de entender
Tudo ao seu redor
O que há.

Ricas ou pobres
As crianças precisam estudar
Pois o processo de letramento
Durante toda a vida
Deve continuar.

Dentro da escola
As crianças vão
O processo de letramento organizar
Pois é fora dela
Que tudo deve começar.

E não é só do professor de Português
A obrigação de alfabetizar
É dever de todos os professores
Com o processo de letramento colaborar.

Que bonito e legal
É com música trabalhar
Não esquecendo sua melodia
Para um melhor entendimento escolar.

O esquecimento da literatura
Não se deve ignorar
Pois é necessário
O conhecimento secular
De ilustres como Raquel de Queiroz
A José de Alencar.

Em vez dos literários
Outros textos
Tomaram o seu lugar
Bulas de remédios
Rótulos de produtos
Estão a dominar
O processo de letramento escolar. (Professores Fortim/Ce)

O Processo de Letramento

As crianças desde cedo
Começam a perceber
Que a leitura e a escrita
Fazem parte do saber

A escola é continuidade
De ensino e aprendizagem
E do seio familiar
Já trazem essa bagagem

O processo de letramento
Ocorre em toda escolaridade
Por isso é um dos assuntos
Discutido na atualidade.

Em todas as disciplinas
Ocorre o processo de letramento
Mas é preciso que os professores
Também tenham conhecimento.

Trecho do Texto de Opinião:
Em nossa opinião não devemos trabalhar separadamente alfabetização e letramento, pois um complementa o outro. Entendemos que alfabetizar está para o lado mecânico e o letramento é quando se fazem as duas aprendizagens ao mesmo tempo: ler e escrever e entender o que se produziu. Trabalhando o letramento na sala de aula os alunos terão possibilidades de exercitar as práticas de leitura do nosso cotidiano. Ex: convite, bilhete, carta, etc. Dessa forma, entendemos que alfabetização e letramento dão suportes para que os alunos se tornem cidadãos críticos, participativos e atuantes na sociedade em que vivemos. (Professores Fortim/Ce)

Cartaz:

“Ler e escrever todos têm que saber!
Participe do Encontro sobre Letramento e Alfabetização!
O futuro é você, professor!
Local: NIT Fortim/Ce Dia: 24-09-2007”




terça-feira, 3 de junho de 2008

TIPOLOGIA TEXTUAL: GÊNEROS ESCRITOS NA SALA DE AULA

De antemão é importante colocar que não existe uma tipologia única, sistemática e explícita; ao contrário, nos diferentes trabalhos referentes ao tema, podemos encontrar uma diversidade de classificações que levam em conta diferentes critérios: funções da linguagem, intencionalidade do emissor, prosa de base, traços lingüísticos ou estruturais, efeitos pragmáticos, variedades da linguagem, recursos estilísticos e retóricos, etc. (Bernardez, 1987).
Em geral, a necessidade de estabelecer tipologias claras e concisas obedece, fundamentalmente, á intenção de facilitar a produção e a interpretação de todos os textos que circulam em um determinado ambiente social. Vamos aqui apresentar uma proposta de KAUFMAN & RODRIGUEZ (1995), por ser uma classificação simples e coerente que vai permitir ao professor operar com os textos no ambiente escolar. Levou-se em consideração os gêneros escritos, de uso freqüente na sociedade, e que devem adentrar a escola devido à importância que têm para melhorar a competência comunicativa dos alunos.

Público-Alvo: Professores de Língua Portuguesa Ensino Fundamental e Ensino Médio
Ou alunos do Ensino Médio
Obs.: O professor pode adaptar para alunos do 6º ao 9º ano ao diminuir a diversidade de gêneros apresentados aqui.
Tempo Previsto: 4 h/a

1º PASSO: Levar revistas e jornais e pedir aos participantes que recortem um texto e colar em um papel duplex.

Em seguida perguntar: Que texto é esse? Se o participante responder: - Notícia! Você indaga: - Por que é uma notícia? E assim sucessivamente. Fixar no quadro um a um os textos pesquisados e escreve-se com giz o que o participante achou que seja o texto. Depois de todos apresentarem o instrutor pergunta: - Podemos agrupá-los? E os professores são convidados a fazerem os grupos de textos. – Por que estão agrupados assim? Deixa este material no quadro e passa para o segundo momento. Importante salientar que não existe erro/ acerto neste momento. Ele serve para explosão de idéias, investigar o conhecimento prévio e despertar o interesse dos participantes.

2º PASSO: Roda de Conversa para perceber o que os participantes sabem sobre o texto, o que são gêneros textuais e por que trabalhar com gêneros textuais.

Conforme material impresso do Programa Escrevendo o Futuro (2008), gênero significa “família, grupo”, podemos dizer que são família, grupos de textos, orais ou escritos, que têm origens próximas e são ligados entre si por pertencerem a uma mesma área de conhecimento e ocorrerem em situações de comunicação semelhantes.

Por exemplo, jornalísticos (notícia, reportagem, editorial, etc.), jurídicos (leis, contratos, estatuto, etc), literários ( romance, poema, conto, etc.) e assim por diante.
Podemos dizer que seu número é infinito, pois cada uma dessas formas de linguagem decorre das diversas e diferentes situações de comunicação (ou situações de produção de linguagem) que vivemos no cotidiano, sejam elas informais ou formais.
Muito dos gêneros que utilizamos são aprendidos informalmente nas relações sociais mais próximas. Outros, porém, exigem ensino sistematizado para serem aprendido. Alerta Bakhtin(2003), que “não se deve, de modo algum, minimizar a extrema heterogeneidade dos gêneros discursivos e a dificuldade daí advinda de definir a natureza geral do enunciado”. Segundo Bakhtin é importância atentar para a diferença
essencial entre os gêneros discursivos primários (simples) – determinados tipos de diálogo oral – de salão íntimo, de círculos, familiar-cotidiano, sociopolítico, filosófico, etc.), e escritos - carta privada, etc. e os secundários (complexos) – romances, dramas, pesquisas científicas de toda espécie, os grandes gêneros publicísticos, etc. – surgem nas condições de um convívio cultural mais complexo e relativamente muito desenvolvido e organizado (predominantemente o escrito) – artístico, científico, sóciopolítico, etc.
Logo, a escola é responsável pelo ensino sistematizado de gêneros mais formais, isto é, secundários.
Este momento pode ser fechado com uma exposição dialogada usando recursos multimídias: datashow, retroprojetor, vídeo, etc.

3º PASSO: Espalhar as palavras abaixo em tarjetas de duas cores diferentes (o grupo e os gêneros do grupo) separando um a um conforme esta classificação sugerida KAUFMAN & RODRIGUEZ (1995):

1. LITERÁRIOS: CONTO/NOVELA/OBRA TEATRAL/POEMA/ MEMÓRIA
2.JORNALÍSTICOS: ARTIGO DE OPINIÃO/ NOTÍCIA/REPORTAGEM/ENTREVISTA
3.INFORMAÇÃO CIENTÍFICA: DEFINIÇÃO/ NOTA DE ENCICLOPÉDIA / RELATO DE EXPERIMENTO CIENTÍFICO/ MONOGRAFIA/ BIOGRAFIA/ RELATO HISTÓRICO
4.INSTRUCIONAIS: RECEITA / INSTRUTIVO
5.EPISTOLARES: CARTA / SOLICITAÇÃO
6.HUMORÍSTICOS: HISTÓRIA EM QUADRINHOS/ PIADA
7.PUBLICITÁRIOS: AVISO / FOLHETO / CARTAZ

Para cada gênero o facilitador pesquisa com antecedência em diferentes fontes, internet, revista, jornais, etc, um exemplo de cada e fixa no papel duplex. Já para o professor-participante sugerimos que levem seus alunos para o laboratório de informática para pesquisarem e busquem também em outras fontes, tais como livros, revistas, jornais, enciclopédias, etc.

4º PASSO: Pedir aos participantes que peguem uma tarjeta ou um texto e em seguida cada participante vai procurar seu par, por exemplo, o texto piada com o seu respectivo nome, o cartaz com a palavra cartaz, e assim sucessivamente. É como um quebra cabeça! Quem pegou a tarjeta com a palavra “literários”, por exemplo, irá perceber na interação que sua família é a do conto, novela, etc. Por que são literários? O facilitador vai sempre indagando, ouvindo os participantes e acrescentando. A cada um que vai colocando seu texto no painel, deve-se perguntar: por que um poema é um poema? Por que um conto é um conto? Qual a diferença entre um conto e uma novela? Por que estão no mesmo grupo? Por que são literários? Não há a necessidade de definir um a um e caracteriza-los, porque este é um momento de motivação para adentrar a cada um destes gêneros subseqüentes, ou neste caso despertar o professor para estudar e pesquisar as características específicas de cada grupo de gêneros e cada gênero particularmente.

5º PASSO: Características dos Gêneros:

Sugerimos que estas características específicas de cada gênero sejam revistas na forma de um jogo didático. Divide-se a turma em dois grupos ou quatro e conforme acerta o gênero após a leitura das respectivas características (pelo facilitador) ganha um ponto. Ganha o jogo que acertar mais gêneros.

1.JORNALÍSTICO: Denominados assim em função do seu portador (jornais, periódicos, revistas), mostram um claro predomínio da função informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no momento em que acontecem. São agrupados em diferentes seções.

1.1. Entrevista: Conversacional. Informa sobre determinado tema. Recorre ao testemunho de alguém;
1.2. Artigo de Opinião: Contém comentários, avaliações, expectativas sobre um tema da atualidade. Ponto de vista;
1.3. Reportagem: Informação. Transmite detalhes sobre acontecimentos, objetos ou pessoas. Partes: manchete, introdução e desenvolvimento;
1.4. Notícia: é redigida em 3ª pessoa. Objetividade e veridicidade. Somente apresenta os dados;

2.LITERÁRIO: Privilegiam a mensagem pela própria mensagem. Interesse primordial com os recursos estéticos. Joga-se com os recursos lingüísticos. Exigem que o leitor compartilhe do jogo da imaginação para captar o sentido de coisas não ditas, de ações inexplicáveis, de sentimentos não expressos.

2.1. Conto: É um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de vários momentos: equilíbrio inicial, uma força intervém, conflito, resolução e recuperação do equilíbrio;
2.2. Novela: É semelhante ao conto, mas tem mais capítulos, mais complicações, passagens mais extensas com descrições e diálogos;
2.3. Poema: Privilegiam a mensagem pela mensagem. Neles, interessa primordialmente como se combinam de acordo com os padrões estéticos, os diferentes elementos da língua, para dar uma impressão de beleza. Função Emotiva. Musicalidade. Geralmente em verso. Agrupamento em estrofe. Rima e verso;
2.4. Obra teatral: Vai tecendo diferentes histórias, diversos conflitos, interação lingüística das personagens. Pode ser monólogo. Elas são construídas para serem representadas. São organizadas por atos, cenas.

3.HUMORÍSTICO: Têm como intenção primordial provocar o riso mediante recursos lingüísticos e/ou icnográficos que alteram ou quebram a ordem natural dos fatos ou acontecimentos, ou que deformam as características das personagens.

3.1. História em Quadrinho: Trama narrativa com base icônica. Combina a imagem plana com o texto escrito. Humor. Cômica. Busca a participação ativa do leitor por via emocional, assistemática, anedótica, concreta.
3.2. Piada: Tem como intenção primordial, provocar o riso mediante recursos lingüísticos e/ou iconográficos: zombaria, ironia, a sátira, caricatura, charge, etc.

4.INSTRUCIONAL: Dão orientações precisas para a realização das mais diversas atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou animais domésticos, usar uma aparelho eletrônico, consertar um carro, etc.

4.1. Instruções: Dão orientações precisas para a realização das mais diversas atividades, tais como jogar, preparar uma comida, usar um aparelho doméstico;
4.2. Receita: Contém lista de elementos a serem utilizados, o modo de fazer, etc. Verbos no imperativo.

5.PUBLICITÁRIO: Estes textos estão estreitamente relacionados com as expectativas e as preocupações da comunidade, são os indicadores típicos da sociedade de consumo. Procura transformar aquilo que oferece em objeto de desejo.

5.1. Anúncio: Aparece em jornais , revistas, cartazes, folhetos de publicidade, etc. Frequentemente conjuga o verbal com o icônico em uma relação de complementariedade que amplia o significado deste tipo de texto.
5.2. Cartaz: Objetiva criar no receptor a necessidade de adquirir um produto, visitar um lugar, divulgar um evento: festa, reunião, etc. Normalmente deparamos com ele nas ruas, casas comerciais, etc. Textos breves sobre cartolinas, em papéis de grandes medidas.
5.3. Folheto: Textos breves para promover um lugar, um produto, uma atividade. Relevância nas sociedades de consumo. Função apelativa. Circula de mão em mão. Tem no tríptico seu formato mais freqüente.

6. EPISTOLARES: Procuram estabelecer uma comunicação por escrito com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeçalho.

6.1. A carta: Familiar. O autor conta a um parente ou a um amigo eventos particulares de sua vida. Estrutura: cabeçalho, dados do destinatário, corpo e a despedida.
6.2. A solicitação: É dirigida a um receptor que tem autoridade para outorgar algo que é valioso pelo emissor: um emprego, uma vaga em uma escola, etc. Linguagem formal.

7. INFORMAÇÃO CIENTÍFICA: Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ciências em geral. O vocábulo é preciso.

7.1. A definição: Incluída no dicionário, seu portador mais qualificado. Apresenta os traços essenciais daqueles a que se referem. Contém também informações complementares.
7.2. A Nota de Enciclopédia: Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela amplitude desta expansão.
7.3. O Relato de Experimentos: Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em manipular o ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos que descrevem experimentos.
7.4. A monografia: Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um determinado tema é recolhida em diferentes fontes. São realizados com base em consultas bibliográficas, dados, testemunhos, etc.
7.5. Biografia: é uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s).

6º PASSO: Avaliação

Os participantes voltam a observar os textos que foram pesquisados e estão no quadro e verificam se classificaram corretamente seu gênero, caso não esteja concerta-se e vai organizando o painel, e isto vai acontecendo de forma coletiva. Os gêneros que não foram vistos separa-se e no final propõem que pesquisem na internet ou outros suportes estes gêneros desconhecidos.
Após ter vivido a oficina sugerida acima sobre tipologia textual, espera-se que os participantes estejam mais motivados e preparados para conhecerem e ampliarem seus conhecimentos sobre os gêneros específicos, conforme o currículo da escola e conteúdo programático de cada série.

Referencias Bibliográficas:

BAKHTIN, Michail Os Gêneros do Discurso. In: BAKHTIN, M Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 261-306

KAUFMAN, Ana Maria & RODRIGUEZ, Maria Elena. Escola, Leitura e Produção de Textos. Artes Médicas, Porto Alegre, 1995.