sábado, 31 de maio de 2008

EXPERIÊNCIAS DOS PROFESSORES COM LEITURA E ESCRITA

O encontro de formação de formadores para o Programa escrevendo o Futuro cujo objetivo principal era apresentar o material do Programa e sua metodologia, navegar e usufruir da comunidades virtual e da sala de professores no site (www.escrevendo.cenpec.gov.br) , possibilitar a reflexão sobre os conceitos de letramento e alfabetização e disseminar, enfim, o conhecimento sobre gêneros textuais, teve início com o credenciamento dos participantes e palavras de abertura e boas vindas da técnica Iraíde da Secretaria Municipal de Educação do Fortim.
Como professor formador do Programa Escrevendo o Futuro no Ceará, aproveitando a oficina 1sobre letramento e alfabetização, disponível no site do programa escrevendo o futuro (www.escrevendo.cenpec.gov.br), iniciamos o encontro recordando algumas cantigas infantis, brincadeiras de roda, quadras e em seguida pedimos que os participantes registrassem através de desenho e/ou palavras suas lembranças de como aprenderam a ler e escrever:Como foi sua experiência inicial com leitura e escrita? Se deu na ou fora da escola, centrada no código ou situação social?
Apenas um professor(a) disse que sua experiência não foi centrada no código, ao afirmar que ao olhar e depois lê revistas de gibi:

“Estudava em uma escola particular e tinha muita dificuldade para ler. Neste período minha família mudou de bairro e próximo a nossa casa tinha uma escola pública onde minha mãe decidiu fazer uma tentativa e deu certo. Nesta experiência ficou registrado que as revistas de gibi me ajudaram muito, passava horas e horas tentando juntar as letras e formar palavras.”

Os demais, mesmo quando diziam que aprenderam a ler fora da escola, a situação de aprendizagem era centrada no código. Falou-se muito em Cartilha do ABC; palmatória; brincadeiras de escrever debaixo de árvores; ensino em casa pelo pela mãe, lição ao pé do birô; rabiscando as vogais com graveto no chão, em músicas com abecedário, etc.
Alguns professores não têm boas recordações desta época e desenharam caminhos cheio de espinhos para ilustrar, devido a rigidez, a pressão, ao castigo.

“Eu aprendi a pronunciar a seqüência do alfabeto através de uma música, num colégio de freiras muito rígido por sinal., um educandário.”

Fechamos este momento fiz uma explanação colocando que é preciso superar antigas concepções e fazendo uma leitura oral do texto: Foram muitos os professores, indagando no final: Quem foram os professores que influenciaram o autor na aquisição da leitura e da escrita? Onde ele aprendeu? Como? Observamos o painel comparando a experiência dos participantes com a do autor do texto. Foi um momento de debate muito rico e prazeroso. Em seguida eles receberam o texto de Magda Soares A Reinvenção da Alfabetização e fizemos uma leitura paragrafada, com pausas e reflexões coletivas. E os mesmos passaram a compreender que alfabetização e letramento são duas vias que se complementam, uma não elimina a outra.

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